Monday 10 November 2008

Sensualidade

Numa noite de sábado, numa mesa de restaurante o tema era sensualidade.
Comentou-se por lá:

"Diz um poema ao ouvido numa tarde de chuva quando faz deslizar a meia até ao tornozelo, quando ri e faz rir, quando mexe no cabelo e nos olha intensamente, quando se veste e despe, quando nos chama pelo nome vestida com uma camisa nossa, quando pede um chá quente e se dirige à esplanada com o sol a fazer reflexo, depois da chuva, enrolada num cobertor, quando se veste de preto ou branco ou vermelho ou qualquer outra cor só porque sim, só porque qualquer cor lhe fica bem, quando diz "vou para casa mais cedo", ou "vou levar-te comigo" , quando chora ao ver uma imagem de uma criança na TV, porque sente, porque cheira, porque toca e faz tocar...essencialmente porque é Mulher!"

e ainda...

"Quando esta bem de corpo e alma e não se preocupa em demonstra-lo, sem ser falsa nem exagerada. É para os decotes, as mini-sais ou as transparências que eles olham primeiro e mais vezes e não param de olhar, mas não é a mulher mais despida da sala que eles acham a mais sensual, mas talvez aquela que não se inibe de soltar uma bela gargalhada, a que sorri sem frete, ou que olhas nos olhos sem medo."

Sunday 9 November 2008

Muitas mudanças depois...

Voltei ao Desigual muito tempo depois...Durante esse tempo voltei a observar que o ser humano é unico na sua diferença...na sua forma de ver a mesma realidade...de ver a mesma rotina...De...De...e De...
Ao fim de sete anos deixei a mais bela cidade do mundo (Lisboa), para trás. Tomei a decisão num dia, implementei no seguinte e 3 semana depois a vida tinha mudada a 180º graus. Lisboa é uma cidade que jamais esquecerei porque foi nela que me formei enquanto mulher, enquanto profissional...Se não tivesse acontecido em Lisboa teria acontecido numa outra qualquer...Verdade mas tambem seria uma outra mulher qualquer.
Por lá fiz grandes amigos, pus em causa muitas coisas e aprendi tantas e tantas - um das mais importantes: a melhor forma de aprender é observar.
Agora que estou fora sinto falta do cheiro a castanha assada a subir Avenida da Liberdade num fim de tarde inverneiro, de ler no metro a caminho do trabalho ao som de uma música qualquer, do sorriso quente dos amigos e do sol que me invadia o olhar ao descer Avenida pela manhã, e...e...
Depois de tudo isto concluí que de facto: "os afectos são o bem mais precioso da nossa existência"!

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